Já pensou em largar tudo e seguir seus sonhos?
Essa frase é muito reflexiva e atraente não?
Uma coisa que aprendi quando vivia de música é que é muito legal viver de música rs.
Viajar todo final de semana (muitas vezes de semana). Ficar hospedado em hotéis incríveis que normalmente não teria condições financeiras para pagar. Conhecer belos lugares e gente bacana e interessante. Viver várias histórias incríveis para contar.
Mas, como nem tudo são flores, há o outro lado da moeda. Na verdade, só íamos para o hotel para dormir, não dava tempo de aproveitar. Passar o tempo todo em trajeto e viajando cansava tanto, que tinha dia que não sabia em que cidade estava nem que dia da semana era. E, no final de tudo, tocar músicas que eu não gostava tanto, começara a me incomodar e me fazer questionar o que eu estava fazendo.
Resumo da história: qualquer coisa que você faça para viver, uma hora cansa, em algum momento enche o saco e os questionamentos virão.
O ponto é, se tudo o que fizer vai encher o saco em algum momento, então não existe cenário dos sonhos. Ao pensarmos assim dá pra refletirmos sobre essa questão de “largar tudo”, será que está tudo tão ruim? Ou talvez a sua carreira precise apenas de novos ares, pessoas novas, desafios novos?
Quando você conseguir descobrir o que realmente está te incomodando, ficará mais fácil mudar somente aquilo que te incomoda e deixar que todo o resto irá mudando por consequência.
Entendo que largar tudo, muitas vezes é necessário para mudar nossa forma de ver o mundo, ver a vida de outro ângulo nunca visto por nós anteriormente. Isso nos faz reconsiderar uma série de coisas. Porém é realmente necessário calcular o risco e os danos que esta decisão pode trazer para você a para quem vive com você.
No meu caso, para quem estiver curioso, percebi que larguei o mundo corporativo para ir para música simplesmente porque precisava mudar de ares e ter novas experiências. Vivendo de música, percebi que queria fazer algo realmente me sentisse útil e que não fosse trabalhando para pessoas que eu não gostava. No final das contas, hoje sou consultor e ajudo empresas, faço o que gosto. Na questão musical, eu me foquei em uma banda beneficente com músicas próprias e continuava viajando e tento experiências incríveis, mas em uma recorrência mais sustentável.
E você, já pensou em se redescobrir hoje?